#4 – Quando o impossível vira bênção

Imagem de Sasin Tipchai por Pixabay

Como você se sente quando alguém coloca dúvidas a respeito de suas habilidades para realizar alguma tarefa?

[   ] Leva em consideração a opinião dessa pessoa, mas não se deixa abater.

[   ] Parte logo para realizar a tarefa e mostrar do que é capaz.

[   ] Fica abatido e não tem coragem de tentar.

[   ] Considera uma provocação e reage a altura.

[   ] Outros:                                                                                                                                                     

O famoso pugilista Muhammed Ali, antes Cassius Clay, certa ocasião declarou o seguinte:

Muhammad Ali em 25 de fevereiro de 1968 – Reprodução Chicago Tribune.

“Impossível é apenas uma palavra grande propagada por pessoas pequenas que acham mais fácil viver no mundo em que lhes foi apresentado em vez de explorar o poder que possuem para mudá-lo. Impossível não é um fato, é uma opinião. Impossível não é uma declaração, é um desafio. Impossível é potencial. Impossível é temporário. Impossível é nada.”

O que dizer, por exemplo, dos atletas de alto-rendimento que todos os dias acordam com o desafio de superar seus próprios limites, dificuldades e recordes. Mesmo sem a garantia de alcançar a primeira colocação nas competições, em geral, eles entram nas disputas motivados e com o propósito de apresentar sua melhor performance, mas a grande maioria deles sabe que não vai chegar em primeiro lugar, embora desejem ardentemente; porém, não desistem.

O limite do ser humano talvez não seja exatamente aquilo que ele não tem a capacidade de fazer, mas aquilo em que ele não tem a capacidade de acreditar. Desistir, este é o limite. Parafraseando Cocteau, “eles não sabiam que era impossível, e foram lá e fizeram”.

Numa das mais lindas narrativas da Bíblia, encontramos a história de um menino que, talvez por ser tão jovem, ainda não conhecia muito bem o que era o impossível, então foi lá e fez – derrotou o gigante. Veremos no estudo de hoje, o exemplo deste garoto que sabia o que estava fazendo, porque resolveu confiar no Deus do impossível, e levou o exército de seu país a uma vitória espetacular. Vamos ver o que aconteceu.

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Lendo a Palavra

1 Samuel 17:1-52

APRENDENDO A PALAVRA

1. Por que os irmãos de Davi foram tão hostis com ele quando, aparentemente, nada havia que justificasse tão grave reação?

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Quando Samuel apareceu naquele dia em Belém de Judá para visitar a família de Jessé, é muito provável que a razão de sua visita tivesse vazado, e os irmãos mais velhos de Davi certamente ficaram muito ansiosos por saber qual deles seria ungido pelo profeta. Davi era o único que ficaria de fora. Agora, sua aparição na praça de guerra, roubando a cena com seus surpreendentes desdobramentos, estava completamente fora dos planos de seus irmãos.

2. O que levou um rei e um exército acuados pelo inimigo aceitarem a ajuda de um menino que “por acaso” encontrou-se no palco da guerra?

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Há alguns capítulos atrás, neste mesmo livro de 1 Samuel, um menino também fora chamado para salvar a mesma nação. Provavelmente, Deus o estava preparando para o momento em que, ele mesmo, chamaria outro menino para desempenhar um papel de grande influência para aquele povo.

Davi, além de pastor de ovelhas, o que lhe dava sensibilidade para lidar com pessoas, era também guardador de um rebanho, o que lhe fez enfrentar feras selvagens, preparando-o para lutar com o gigante Golias. Além disso, por viver contemplando as paisagens associadas à criação de Deus, tornou-se também poeta, escritor e músico, enriquecendo a literatura bíblica e universal, enchendo de ânimo e coragem, com seus salmos, o coração de tantas pessoas.

APLICANDO A PALAVRA

3. Todos nós, em vários momentos da vida, também enfrentamos nossos Golias. O que você pode aprender de Davi que poderia lhe ajudar nas lutas que está enfrentando?

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Considerando a diferença de altura, armas e força entre Davi e Golias, a chance de vitória para Davi era mínima, porém ele não se comparou com o inimigo, preferiu buscar a força de Deus. Quando Davi foi enfrentar Golias. Todos olhavam para Golias e pensavam: ele é muito grande, não tem como ganhar. Mas Davi olhou para Golias e pensou, ele é muito grande não tem como errar.

4. Neste momento de sua vida, como está a guerra contra os gigantes que lhe ameaçam?

[a] Acabo de chegar ao arraial, não sei de nada;

[b] Estou enfrentando os de dentro do arraial primeiro;

[c] Estou escolhendo minhas pedras;

[d] Estou frente à frente com o gigante;

[e] Estou morrendo de medo;

[f] Acabo de derrotar o gigante, tô na glória!

PENSANDO BEM

I. Você não pode vencer sempre.

Saber lidar com a derrota é uma das lições mais difíceis de serem aprendidas. Entender e aceitar nossas limitações é importante para evitar uma vida baseada em amarguras e frustrações. No pódio da vitória só cabem três, mas lá em baixo pode haver uma multidão de pessoas felizes, são aquelas que torceram pela vitória de alguém.

II. Você deve sempre tentar de novo.

Nem sempre alcançamos a graça na primeira oração, mas isso não significa que Deus não ouviu, por isso não desista, continue acreditando.

III. Ser respeitado é mais importante do que ser aceito.

Naquele momento, Davi não foi aceito nem por seus irmãos, mas sua convicção e fé em Deus lhe deram mais que uma vitória, deram-lhe respeito e dignidade para o resto de sua vida.

CONCLUSÃO

“Davi não fraquejou diante do campeão dos filisteus. Dando passos à frente, disse ao seu antagonista: ‘Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos exércitos. […] Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão […] E saberá toda esta congregação que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e Ele vos entregará na nossa mão.’ I Sam. 17:39, 43-47.” Patriarcas e Profetas, 647.

O momento mais importante da luta talvez tenha sido aquele em que Davi desce ao riacho e escolhe suas armas de guerra – cinco pedras de seixos (1 Samuel 17:40). Antes de subir a colina para enfrentar o gigante, ele desceu até o riacho. Isso pode indicar que lá no riacho, Davi também fez a escolha de suas armas: a humildade, a coragem, a fé, a entrega e a comunhão. Com essas armas qualquer impossível vira bênção de Deus.

Criação: Umberto Moura e Delman Falcão

Edição: Joelson Moura

COMUNHÃO EM TORNO DO CORDEIRO

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