Deserto é uma palavra, ou lugar que mexe com nossa imaginação. Alguém aqui já esteve num deserto de verdade? Dificilmente, não é? Mas, se em caso afirmativo, o que teria para contar? Agora falando de forma figurada, alguém aqui já passou uma fase da vida que poderia chamar de deserto? Geralmente esse tipo de experiência ninguém esquece. Alguém poderia compartilhar com o grupo como é que foi? Por que chamaria essa fase deserto?
Quando lemos a história do êxodo – a saída ou fuga do povo de Israel do Egito – temos a impressão de que a extensão do deserto era enorme. Acontece que o Sinai ocupa uma península de apenas 200 quilômetros de largura. A estrada que liga o norte do Egito à Palestina pode ser percorrida em duas horas de carro. Dá para ir e voltar no mesmo dia. Por que então a epopeia de Moisés se estendeu por tanto tempo? É o que vamos ver em seguida.
Mas antes seria bom ter alguma ideia de como era o deserto naqueles dias, e que rotas poderiam seguir aqueles que viajavam do Egito para Canaã, como foi o caso de Moises e Israel. O texto sagrado fala que 600.000 homens cruzaram o Mar Vermelho para o Sinai. Incluindo mulheres, crianças e idosos, eles poderiam passar de 2,5 milhões – aproximadamente a população do Egito na época.
Comenta-se de três rotas possíveis para se chegar à terra de Canaã. A primeira seria pela terra dos filisteus, que levaria umas duas ou três semanas de viagem, que Deus preferiu evitar para não desanimar o povo, pois certamente iria enfrentar hostilidades dos moradores da terra. Outra atravessando pelo meio do deserto. E uma terceira mais longa, contornando a península do Sinai, que poderia levar alguns meses. Essa foi a rota escolhida por Deus.
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LENDO A PALAVRA
APRENDENDO DA PALAVRA
1. Após uma libertação milagrosa no Egito, que impressão você tem desse povo que logo começou a reclamar das condições no deserto?
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Quando estamos em situação opressiva e esperamos que Deus apareça e faça um milagre, imaginamos que, se de fato acontecer, todos os nossos problemas estarão resolvidos, entraremos numa nova fase da vida e que, a partir daí tudo será maravilhoso e a vida seguirá tranquila e feliz. Nem sempre imaginamos, ou queremos aceitar que a vida seguirá sim, mas com seus desafios e problemas, às vezes menores, às vezes maiores, porém é certo que problemas continuarão acorrendo.
2. O que os israelitas queriam dizer com as palavras “teria sido melhor que o Deus Eterno tivesse nos matado lá no Egito”?
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Nem um outro povo viu Deus tão de perto e presenciou tantos sinais e maravilhas quanto o povo de Israel por ocasião de sua saída do Egito. A nação israelita se acostumara tanto com Deus e Seus milagres, e de tal forma que passou a ver nos mesmos um direito. O próximo passo foi exigir que Moisés, ou o próprio Deus, fizesse milagres conforme seus gostos para satisfazer seus caprichos. Perderam o respeito por Deus e Seu profeta e sem qualquer escrúpulo passaram a insultar e a hostilizar Moisés, seu libertador.
APLICANDO A PALAVRA
3. Um dos milagres mais espetaculares que Deus operou cotidianamente no arraial de Israel foi a queda diária do maná, por cerca de 40 anos. Que grande ensino estava por trás deste milagre?
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Considerando que a comida sempre foi um desafio para a humanidade em sociedade, principalmente no mundo atual, a queda diária do maná se reveste de uma importância muito grande e simbólica. Além do milagre provido por Deus para alimentar Seu povo, parece haver algo naquela rotina que chama a atenção: os dias em que o maná caía. Haveria uma lição nisso para o tempo atual?
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4. Se você fosse receber algo do Senhor diariamente, o que você escolheria?
[a] O pão de cada dia ; [b] Um abraço caloroso; [c] Compreensão de Sua Palavra; [d] Perdão de meus pecados.PENSANDO BEM
Depois de sustentar o povo com o maná, o pão do Céu, Deus disse: “E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem” (Deuteronômio 8:13).
Será que essa história tão antiga teria alguma validade ou aplicação para a vida cotidiana do mundo de hoje?
CONCLUSÃO
A cada dificuldade existente no caminho de Israel para Canaã, Deus já tinha uma solução e uma bênção. Precisamos aprender a transformar as dificuldades e provações em benefícios para nós mesmos; aprender a usá-los em nosso favor.
“Aflições, cruzes, tentações, adversidade e nossas várias provações, são os agentes divinos para nos purificar, santificar e preparar-nos para o celeiro celeste” (Testemunhos Seletos, Vol 1, p. 313).
“Recordo-me da história de uma pequena ostra que vivia tranquilamente no fundo do oceano. Certo dia um pequeno grãozinho de areia penetrou em sua concha. Era um invasor, um elemento estranho! Por que foi escolhida para sofrer e suportar esse elemento tão incômodo em sua vida? Felizmente essa não foi a atitude daquela ostra. Pelo contrário, começou a fazer algo interessante com aquele grão de areia. Foi cobrindo-o com uma substância leitosa, e pouco a pouco transformou aquele irritante invasor em uma magnífica pérola” (Léo Ranzolin, Jesus o Orvalho da Manhã, 262).
Criação: Umberto Moura e Delman Falcão
Edição: Joelson Moura
PEQUENOS GRUPOS: COMUNHÃO EM TORNO DO CORDEIRO
Atravessando-Crises-03-O-DESERTO-É-PARTE-DO-CAMINHO.pdf (2292 downloads)