#1 – Manso, porém forte

Imagem de Youssef Jheir por Pixabay

“Sou como um barco

Que acostumado com a mansidão do rio

Prepara-se pra navegar

As águas turbulentas do alto mar” (L.E.).

Quando as pessoas se referem ao mar, frequentemente o imaginam em sua fúria, em seus revoltos turbilhões e avassaladoras vagas. Isso está correto, mas o mar não é somente revolto; para falar a verdade, na maioria das vezes e do tempo, o mar é calmo, sereno, dócil, mas quando se inflama realmente apavora.

Acho que o mar tem lá suas semelhanças com pessoas. Algumas são assim, calmas, serenas, dóceis, mas não mexam com elas, pois podem se tornar em questão de momentos furiosas, revoltas, avassaladoras, igual o mar. Respeitamos e tememos o mar quando em tempestade, mas é na sua calma e mansidão que o percebemos melhor e mais o admiramos, e é nessa hora que gostamos de estar mais próximos a ele.

Assim também podemos até admirar pessoas “poderosas”, avassaladoras com as palavras, enérgicas em suas posições, porém nos sentimos melhores acompanhados de pessoas calmas, mansas, ponderadas. Essas pessoas têm o estranho poder de nos comunicam paz e bem-estar a ponto de nos deixar de bem com nós mesmos.

Talvez tenhamos em nossa memória pessoas que queremos esquecer, mas talvez cada um de nós guarde na lembrança alguém que atravessou nosso caminho, passou por nossa vida, mas deixou um feixe de luz que nos encanta até hoje. Talvez não fizeram muito, não nos deram presentes nem conselhos, mas algo em sua personalidade nos cativou tanto, que marcou um dia como um dos mais felizes, um momento como que merece recordação, e deixou saudades.

Você lembra de uma passagem assim da sua vida que poderia compartilhar?

Jesus foi o homem mais poderoso que o mundo conheceu, porém quando passou pela vida de muitas pessoas, marcou-as para sempre com Sua ternura e mansidão. Mas houve casos em que Ele precisou usar Seu poder, e amedrontou. Mas a quem? É o que vamos ver nessa leitura da Palavra.

Lendo a Palavra

Mateus 21:7-17

Aprendendo da Palavra

1. Que impacto os eventos narrados nos versos 7 a 11 tiveram sobre os discípulos e sobre a multidão?

[a]

Assombro: não esperávamos que o povo O amasse tanto

[b]

Alegria: está chegando a hora do Reino de Deus

[c]

Tristeza: onde está o bebê que nasceu na manjedoura?

[d]

Medo: o que será que o Sacerdote vai pensar?

[e]

Dúvida: não estou reconhecendo o Mestre

2. Sob que aspecto Jesus demonstrou mansidão durante sua entrada triunfal em Jerusalém?

[a]

Ele não falou uma palavra sequer

[b]

Ele não estava montado em um cavalo de guerra

[c]

Sua passividade mesmo diante da euforia da multidão

[d]

Ele não havia planejado aquela manifestação espontânea da multidão

3. Você ver algum contraste entre o Jesus retratado na entrada triunfal e o Jesus que expulsa os mercadores do templo? Em quê?

4. De que maneira ficou claro que, mesmo depois de ser enérgico no templo, Jesus não deixou de ser manso?

[a]

A atenção que Ele deu às crianças

[b]

A humildade e a resignação com que enfrentou Seu sacrifício

[c]

Ajoelhando-Se à frente dos discípulos para lavar-lhes os pés

[d]

O silêncio quando estava sendo julgado

Aplicando a Palavra

5. Após conhecer este exemplo de Jesus, que conceito você dá sobre a mansidão?

[a]

Tratar as pessoas como devem ser tratadas

[b]

Reagir com firmeza, porém sem exageros

[c]

Estar pronto a ser amável, mas não a ser condescendente

[d]

Não se incomodar com o que as pessoas fazem ao seu redor

6. O que é mas fácil? O que é mais difícil?

Alcançar a mansidão que não é fraqueza?

Alcançar a força que não é aspereza?

Punir sem deixar mágoas nas pessoas?

Entender a punição como algo benéfico?

Reconhecer que errou na hora de punir?

Perdoar sem deixar mágoas

Saber a hora de agir

Saber a hora de esperar

Para refletir

“No princípio de Seu ministério, Cristo expulsara do templo os que o manchavam com seu profano tráfico; e Sua atitude severa e divina enchera de terror o coração dos astutos comerciantes. Ao fim de Sua missão, foi Ele outra vez ao templo e encontrou-o de novo profanado como antes.  As condições eram ainda piores.

“Como podem ver, esta não era a primeira vez que Jesus expulsava os cambistas e mercadores do templo.  Sua  indignidade aumentava ainda mais por causa da conivência dos líderes religiosos daquela nação, que “tão completamente se achavam dominados pela cobiça de lucro que, aos olhos de Deus, não eram melhores do que ladrões.

“Saindo do templo, Sacerdotes e comerciantes encontram-se com uma multidão que, ciente da presença do grande médico no templo até lá iam em busca de cura e conforto. Vendo-lhes o desespero, alguns desistiram, mas outros prosseguiram e lá chegando foram recebidos por Jesus e atendidos. Quando, depois de algum tempo, os Sacerdotes e comerciante voltaram ao templo, lá encontraram uma  multidão  diferente  daquela  que com eles se encontrara na fuga: enfermos curados, cegos com a vista restaurada, surdos ouvindo e as crianças, com alegria e júbilo cantavam e aclamavam o médico dos médicos.

“A mansidão é uma atitude extremamente necessária na construção de um caráter cristão. A firmeza também é. Nesse caso o templo estava cheio daqueles que não buscavam o que ali deveria se oferecer: salvação. Quando Jesus os expulsou, então passou a haver espaço para quem a estava buscando verdadeiramente” (DTN, 589).

E nas nossas igrejas? De que multidão ela está cheia? O que oferecemos aos que para lá estão indo? O que buscamos quando para lá nos dirigimos?

Umberto Moura e Delman Falcão

Baseado em: Serendipity Bible

Edição: Joelson Moura

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