7. Por que obedecemos a Deus? (Parte 2)

Leitura da semana: Romanos 7
Quebra-Gelo: O que faz um filho ser (verdadeiramente) obediente a seus pais?

LEI X GRAÇA

A palavra “lei” aparece 31 vezes no capítulo 7 de Romanos. Paulo já havia afirmado que a lei mostra o pecado, tornando-nos plenamente conscientes do pecado (Rm 3:20) e que con- dena o pecador (Rm 3:19). Ele define pecado como transgressão que “produz ira” (Rm 4:15), também nos informa que sem lei não há pecado (Rm 5:13), e que a lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada (Rm 5:20). Paulo declara que a justiça de Cristo foi revelada no Evangelho, “independente da lei” (Rm 3:21). E que os pecadores são justificados por Deus, não pelo fato de observarem a lei, mas pela fé em Jesus (Rm 3:28). Tal fé confirma a lei (Rm 3:31). Diante desses conceitos, o que então Paulo quis dizer quando afirmou que “não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Rm 6:14)?

Alguns concluem que não é preciso guardar a lei. Outros colocam a lei de um lado e a graça de outro. Há aqueles que afirmam: “Se temos a cruz não precisamos da lei”.

Contudo, devemos nos lembrar de que quem está salvo reconhece Jesus não somente como Salvador, mas como Senhor. Pois foi o próprio Deus que nos deu ambas: a lei (Escrituras, prin- cípios, Lei Moral, os Mandamentos) e a graça (amor incondicional, dom gratuito, favor não merecido). Portanto, ambas são boas. A lei mostra o pecado e a graça mostra o perdão. Podemos dizer que sem lei não há graça.

“Se a graça que você recebeu não o ajuda a guardar a lei, você não recebeu a graça.” (Martyn Lloyd-Jones).

FÉ X OBRAS

Os salvos não estão debaixo da lei, como meio de salvação ou justificação, mas da graça ou misericórdia de Deus. Primeiro vem a redenção e depois a ética. Se invertermos a ordem, teremos o legalismo. Não somos salvos pelas boas obras, mas para boas obras (Ef 2:9-10). Nada do que o homem possa fazer, ou tenha

feito, pode de algum modo merecer a salvação. As obras não constituem meio de salvação, as boas obras são resultado inevitável de quem está salvo. As boas obras são consequências da nossa salvação. Não precisamos experimentar ser bons para sermos salvos. Precisamos sermos primeiramente salvos para depois nos tornarmos bons.

Jesus jamais deu a alguém o perdão sem o chamado à santificação. Maria Madalena é um exemplo disso. Jesus disse a ela: “Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado” (Jo 8:11). Se você ler o restante dos Evangelhos, notará que Maria Madalena se tornou uma das mais fiéis seguidoras de Cristo. Deus não somente perdoa, mas dá poder para vitória, para uma vida santa.

Jesus não deve ser tomado apenas como modelo, mas também como seu substituto e vice-versa. Você não vencerá como Ele venceu, mas porque Ele venceu! Enquanto tivermos a natureza pecaminosa, jamais poderemos igualar o modelo, não obstante, podemos imitá-Lo e assemelhar-nos a Ele.

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO:

  1. Qual é o lugar da Lei no discipulado cristão?
  2. O que significa dizer que uma pessoa está debaixo da lei ou debaixo da graça? (Rm 6:14);
  3. Por que há um conflito interno entre a natureza espiritual (“lei de Deus”) e a natureza carnal (“lei do pecado”)? Quando esse conflito deixará de existir?

CONCLUSÃO

“A fé e as obras andam de mãos dadas; elas atuam harmoniosamente na obra de vencer. As obras sem fé são mortas, e a fé sem obras é inoperante […] A fé que precisamos ter não é uma fé indolente; a fé que salva é aquela que opera pelo amor e purifica o ser”.

Ellen White, Fé e Obras, p. 48-49.



Autor da lição: Pr. Gleydson Barbosa




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